Quem diria que há cinco anos um grupo de estudantes do Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná se reuniria e formaria um dos maiores Conselhos de Estudantes de todos os tempos? O começo desta união, com tantas cabeças diferentes e desconhecidas, só seria possível graças ao anseio destes em buscar uma melhor representação e poder de decisão das causas estudantis.
Tinham se passado apenas algumas semanas da primeira reunião deste Conselho e já veio a necessidade de desenvolvermos uma imagem que nos identificasse externamente. A esta tarefa, foi designado o curso de Arquitetura como responsável em desenvolver esta imagem, devido – segundo nossos colegas engenheiros – aos nossos dotes artísticos.
Criar algo do nada, a respeito de uma coisa que ainda não se sabia muito bem o que era, o que queria e como atuaria não poderia ser uma tarefa fácil… Mas até que foi!!! Porém, isso explico adiante.
Vale lembrar que há cinco anos os cursos do nosso Setor eram desagregados e até ríspidos uns com outros. Arquitetos indo à festas de engenharia civil e vice-versa era tão previsível como a paz entre judeus e palestinos. Hoje, combinamos festas com datas diferentes para que todos possam ir à todas as festas de cada curso.
Muitos achavam naquela época, após nossas primeiras aparições, que o “7” do C7 significava, até então, os sete cursos do Setor de Tecnologia. Grata coincidência. A sigla C7 significa na verdade – letra “Ce”: Conselho de Estudantes e “se-te”: SEtor de TEcnologia. Então para quem ainda não sabe, o C7 quer dizer Conselho de Estudantes do Setor de Tecnologia.
Claro que naquela época curtimos esta bela coincidência, vista para muitos de nós como um sinal dos deuses sobre o que viria (e virou) a ser o C7. Assim, preocupados em não renegar este sinal do cosmos, não tivemos dúvidas em seguir esta linguagem simbólica para a elaboração de uma imagem que representaria nosso Conselho.
Confesso que tão logo a analogia do surgimento de algo Superior que estava nascendo diante de nós se configurou, a imagem de uma estrela de sete pontas despontou imediatamente (está aqui a explicação que estava devendo).
Logo ela se tornaria símbolo de adoração para muitos dos primeiros ceseteanos. Vivíamos uma época de grandes conquistas, algumas perdas, mas principalmente do cultivo de novas amizades. E tudo era creditado à estrela de sete pontas. Claro que alguns duvidaram e até zombaram do “poder” que ela emanava… Pobres coitados! Ocastigo veio rápido e foi cruel (sim, isto é uma piada interna, desculpem, mas tinha que estar aqui).
Este símbolo seria auto-explicativo por si só, dispensando maiores comentários. A estrela por ela mesmo. Branca, sobre um fundo Preto. Era simplesmente genial. Seria se nosso Setor preservasse os sete cursos. Porém, já naquela época cogitávamos que o Setor de Tecnologia poderia ganhar novos cursos. E não deu outra… Eis que o C7 é agraciado com o curso de Engenharia de Produção. E ai? O que fazer? A estrela de sete pontas ganharia mais uma ponta? E o pior que ganhou!! Por um tempinho nossa estrela chegou realmente a ter oito pontas, mas tão logo reconhecido este equívoco, o mesmo foi corrigido. Hoje, pode-se dizer que a estrela de sete pontas representa os sete cursos fundadores do C7 e assim, garantimos sua originalidade. E esta não foi a única alteração que o símbolo do C7 sofreu durante esses cinco anos. Ela, por muito tempo, teve suas pontas arredondadas. Talvez estivéssemos passando por um período de auto-afirmação. O importante é que já há algum tempo, nossa estrela está como concebida, com suas pontas afiadas estampadas nos peitos de muitos estudantes (e ex-estudantes também) do Setor de Tecnologia da UFPR.
Mas além da representação dos cursos fundadores e claro, da alusão ao número “7” do C7, a estrela esconde ainda outros significados referentes à mística do número sete.
A literatura “Pitagórica” define o “7” como o número da perfeição, humilde assim! O “7” seria ainda o único número a reunir em si duas características opostas. Na primeira delas temos a intelectualidade, cultura e racionalidade. E a oposição disso tudo: a intuição. Juntos, temos o que se projeta como perfeição. O “7” também representa a exigência, inclusive consigo mesmo, levando o perfeccionismo aos mínimos detalhes. Existem ainda outras simbologias, mas até pra mim é muita viagem…
Talvez essas descrições do simbolismo a respeito do C7 não representem muita coisa pra aqueles que vêem de fora os esforços de vários estudantes que vestem esta camisa todo dia, em prol, nada menos, dos próprios estudantes do Setor de Tecnologia. Mas, pessoalmente, vejo muita semelhança com o perfil que o C7 tem desenvolvido ao longo destes anos, conseguido através de muito respeito uns com os outros.
Obviamente que o C7 está longe de qualquer perfeição, mas com certeza procura a sabedoria na busca de respostas próprias e verdadeiras, e não aceita as que nos são oferecidas.
Desta forma, digo que a história da Estrela, que é o símbolo do C7, confunde-se com a história do próprio C7.
Esta estrela também é sua, aluno da Tecnologia!! Estampá-la no peito só depende de você!!
“O C7 está para todos, mas nem todos estão para o C7!”
(entenda como quiser)
Ormy Hütner Júnior
Ex-aluno, hoje Arquiteto e eternamente C7
Fonte: http://c7ufpr.blogspot.com.br/2011/05/e-nasce-uma-estrela-c7-5-anos.html