Geral CampusMap: ferramenta auxilia na geolocalização nos campi da UFPR

CampusMap: ferramenta auxilia na geolocalização nos campi da UFPR

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Em uma universidade tão grande e com estruturas tão complexas como a UFPR, é comum que aqueles que frequentam o espaço sintam dificuldades para se localizar, principalmente durante os primeiros contatos com a instituição.  O desconhecimento do espaço e de suas características pode afetar diretamente questões de gerenciamento de recursos e de infraestrutura, segurança e locomoção. Para suprir essa necessidade, professores do Departamento de Geomática estão desenvolvendo, com a colaboração de alunos, o CampusMap – sistema de informação geográfica para acesso às informações dos campi da universidade.

A ferramenta está disponível via web (aqui) e tem como propósito apresentar informações geográficas da estrutura externa dos campi e do interior dos prédios pertencentes à instituição.  Uma das funcionalidades permite que o usurário trace uma rota entre dois pontos, seja em ambientes internos ou entre ambientes internos externos. A partir daí, ele recebe as coordenadas para chegar ao local tal como nos sistemas de navegação comuns.

Rota entre Museu de Ciências Geodésicas e Biblioteca.

Como o projeto está em desenvolvimento contínuo e diversas aplicações estão em andamento, por enquanto as informações mais completas estão relacionadas ao Centro Politécnico. Porém, a ideia é mapear todos os campi, gradativamente. A professora Luciene Delazari, uma das coordenadoras do projeto, explica que atualmente é possível, além da busca pelo nome do campus, procurar pelo nome do local desejado. “Caso seja uma sala de aula ou laboratório, é possível também ver as informações de ensalamento”.

O sistema está funcionando desde 2015, todavia está operacional e com mais funcionalidades desde o início de 2017. “A ideia surgiu a partir da pesquisa sobre a representação cartográfica dos espaços internos da universidade e, aos poucos, foram sendo agregadas outras funcionalidades e outros dados, de modo a ter uma representação mais completa dos espaços”, conta Luciene.

Toda a representação existente foi analisada e classificada para produzir os mapas. “É o que chamamos de Base Cartográfica”, comenta a professora.  Segundo ela, a parte do interior dos edifícios foi produzida a partir de arquivos obtidos com a Superintendência de Infraestrutura (SUINFRA) que posteriormente foram editados. “Todas as informações como nome de salas, laboratórios e outros elementos foram coletadas pelos estudantes e inseridas na base”. A representação dos ambientes apresenta as divisões internas dos prédios, com todos os andares (quando for o caso), pontos de entrada e saída, escadas e elevadores.

Entre as opções de visualização o usuário encontra representações em planta baixa – reprodução mais conhecida, vista normalmente em mapas da área interior de edifícios – e esquemática. Na primeira, as salas são representadas por seus limites, as cores significam diferentes usos e há a associação do nome de cada sala. Já a esquemática foi proposta como uma forma mais simplificada de representação dos ambientes internos, auxiliando na obtenção de rotas entre os pontos. “Neste formato as salas são representadas por pontos, cujas cores são as mesmas da planta baixa, e os corredores são indicados pelas linhas. Assim, torna-se mais fácil para o usuário verificar por onde ele deve caminhar para se deslocar por dentro do prédio”, orienta Luciene.

Representação em Planta Baixa.

Todo o projeto está sendo desenvolvido praticamente a custo zero, já que a os softwares utilizados são livres e a implementação do sistema é realizada por estudantes. O Setor de Ciências da Terra e a Pró-Reitoria de Administração (PRA) estão apoiando o projeto, principalmente na obtenção de recursos humanos.

Atualmente os envolvidos estão trabalhando em funcionalidades para algumas demandas da PRA e da SUINFRA. “Por se tratar de um sistema que usa a informação especial como ponto central, entendemos que a universidade como um todo será beneficiada. Princípios como o do Patrimônio poderiam utilizá-lo como forma de visualizar os locais onde se encontram os bens”, diz Luciene, que lembra que a ferramenta seria também útil para questões como iluminação dos campi, coleta e armazenamento de resíduos e segurança.

Uma novidade é a parceria com a empresa Mundi. Por meio dela foi realizado em novembro de 2017 um levantamento aerofotogramétrico do Centro Politécnico. Isso permitirá atualizar os dados de todo o campus. Os dados estão sendo processados e, a partir deles serão disponibilizadas outras funcionalidades, como as próprias imagens, modelos de superfície e modelos 3D.

Outras aplicações estão em contínuo desenvolvimento. Uma delas é o mapeamento voluntário, relacionada à coleta de dados por qualquer usuário que acesse o sistema. “Outra funcionalidade permitirá o posicionamento do usuário no interior dos edifícios e será integrada à ferramenta de rotas. Assim, ele poderá iniciar a rota na posição em que estiver dentro do edifício”, destaca a professora.

Um aplicativo do sistema também está em fase de desenvolvimento e, em breve, estará disponível para aparelhos com sistema operacional Android. Além de Luciene, estão envolvidos no projeto o professor Leonardo Ercolin Filho, do departamento de Geomática; os estudantes de doutorado Rhaissa Sarot e Amanda Antunes; alunos de graduação dos cursos de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura Pedro Paulo Santos Farias, Scarlet Barbosa e Cynthia Roberti de Lima.

Acesse: http://www.campusmap.ufpr.br

 

Fonte: http://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/campusmap-sistema-em-desenvolvimento-auxilia-na-geolocalizacao-nos-campi-da-ufpr/

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